Às 23h07, a Câmara dos Deputados aprovou o prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Foram 367 votos a favor, 137 contra, sete abstenções e duas ausências. Dos 12 deputados paraibanos, nove votaram a favor do afastamento de Dilma.
Votaram a favor do impeachment: Aguinaldo Ribeiro (PP), Benjamin Maranhão (SD), Efraim Filho (DEM), Hugo Mota (PMDB), Veneziano Vital (PMDB), Manoel Junior (PMDB), Pedro Cunha Lima (PSDB) e Wilson Filho (PTB).
Os paraibanos que votaram contra o processo de impeachment foram: Damião Feliciano (PDT), Luis Couto (PT) e Wellington Roberto (PR).
O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) expressou seu voto de admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em forma de verso. “Na exigência do respeito que carrego por efeito da confiança em mim, voto pela mudança, no compasso da esperança, vamos em frente com a força, voto sim”, disse.
Já Manoel Junior parafraseou o saudoso Ulisses Guimarães para lembrar que o clamor por mudanças no Brasil está nas ruas. Ele também afirmou que não poderia deixar de defender o interesse do povo brasileiro. “Ecoa nesta casa o clamor das ruas. A nação exige mudança, a nação terá mudança. Contra a corrupção, por melhorias na saúde, na educação, segurança. Pelos médicos e profissionais da saúde. Pelos meus eleitores, pela minha pequena Pedras de Fogo, minha querida João Pessoa e pelo Brasil: voto sim”, afirmou o deputado.
Aguinaldo Ribeiro e Rômulo Gouveia afirmaram em seus votos que seguiam a orientação dos seus partidos, o PP e PDS, respectivamente. “Em minha Campina Grande, a população inteira pede mudança, não aceita este modelo de administração. Estamos combatendo a corrupção, em nome da Paraíba e do Brasil, voto sim”, destacou Rômulo.
Veneziano Vital disse que seu voto tinha fundamento jurídico e responsabilidade jurídica. Wilson Filho destacou que a presidente Dilma cometeu graves irregularidades com as pedaladas fiscais. “Em nome de João Pessoa resolvi olhar para o futuro. As pedaladas existiram. Pela mudança do Brasil, voto sim”, afirmou.
Benjamin Maranhão fez um discurso duro e chegou a chamar Dilma de ‘ladra’. “Feriu a constituição. O dinheiro de Passadene foi para as contas de João Santana, é uma ladra. Hoje ela está prestando contas aqui na Câmara, mas também terá que se entender com a Justiça”, disse.
Efraim Filho também fez um discurso duro durante o seu voto. “Fico a vontade para votar, sempre fiz oposição a este governo. Fizeram uma farra com dinheiro público e quem paga a conta é a população. Roubaram os fundos de pensão, por isso voto sim”, afirmou.
Votos contra
Os deputado Luiz Couto, Damião Feliciano e Wellington Roberto votaram contra o impeachment. “O ato é ilegítimo, é um golpe a democracia. A população vai reagir contra os traíras. Em nome da democracia voto não”, afirmou Couto.
Já Wellington disse que “sabendo que o impeachment não resolve os problemas da nação e por defender novas eleições, votava não”. Damião disse que seguia a orientação do seu partido o PDT e também não via motivos para o impeachment: “Rogo a Deus que ilumine os caminhos do Brasil, pelo estado democrático de direito, sigo meu partido. Voto não”, disse
Próximo passo
Após ser aprovado na Câmara dos Deputados, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff chega ao Senado nesta segunda-feira (18). Na Casa, são previstas três votações em plenário até a conclusão do processo, de acordo com estudo feito para o impeachment de Fernando Collor de Melo em 1992.
Cristiano Teixeira – MaisPB
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