O procurador Regional do Trabalho, Eduardo Varandas, ouviu nesta sexta-feira (15) o arcebispo emérito da Paraíba, dom Aldo di Cillo Pagotto, em investigação sobre os supostos casos de exploração sexual de crianças e adolescentes por padres e seminaristas na Paraíba.
O religioso é acusado de ter acobertado os casos durante o período em que comandou a arquidiocese, a partir de 2004. As denúncias chegaram ao Vaticano, que, a pedido do papa Francisco, deu início à investigação que resultou no afastamento do religioso. Ele é acusado ainda de envolvimento homoafetivo com um jovem de 18 anos.
A audiência no Ministério Público do Trabalho teve início às 10h e se estendeu até as 13h. Procurado pelo blog, o procurador do trabalho não quis se estender sobre o assunto, lembrando que o caso corre em segredo de Justiça. A investigação foi iniciada depois de denúncia do Jornal da Paraíba, no ano passado.
Dom Aldo Pagotto foi alvo de duas visitas canônicas e, posteriormente, impedido de ordenar padres e diáconos. Em sua carta-renúncia, aceita pelo papa, o religioso admitiu ter confiado em pessoas erradas, em referência ao padres e seminaristas vindos de outras dioceses com histórico de denúncias de pedofilia.
O procurador explicou que vai dar continuidade às investigações apesar da renúncia do religioso, por entender que a decisão não muda a prática delitiva. Depois do afastamento de dom Aldo por denúncias de envolvimento com os casos de pedofilia, o papa Francisco nomeou o bispo emérito de Palmares (PE), dom Genival Saraiva, para o cargo de administrador apostólico da Arquidiocese da Paraíba até que seja escolhido o novo titular para o cargo.
Fonte: Blog do Suetoni