Suspeito de assassinar com seis tiros o taxista Paulo Damião na tarde da última sexta-feira (15), o corretor de imóveis Gustavo Teixeira Correia tinha posse de arma, que é o direito de ter a arma em casa. De acordo com o delegado titular de Crimes Contra a Pessoa, Hugo Hélder, a autorização não permite que a pessoa saia com arma, o que é garantido apenas pelo porte.
“Ele não tinha autorização para andar armado, não podia fazer condução dessa arma”, explica o delegado, que também informou que tudo indica que a arma utilizada pertence ao suspeito. Apesar de diversas buscas, a arma, um revólver calibre 38, ainda não foi encontrada.
Ainda de acordo com o delegado, não houve sequer tempo para discussão, levando em consideração que o taxista nem chegou a abrir o vidro do veículo quando foi alvejado pelo suspeito. “Ele pode alegar que o taxista realizou algum gesto, mas isso não se configura como uma discussão”, explica o delegado.
As investigações também apontam que o acusado não conhecia a vítima e que o primeiro contato foi o que resultou no crime. Ainda de acordo com o delegado, o homem que estava com Gustavo Teixeira atuava como motorista de aplicativo, mas conhecia o suspeito e estava trabalhando para ele naquele dia.
Apesar de conhecer o Gustavo Teixeira, o motorista relatou à polícia que foi surpreendido por sua ação. A testemunha informou também que o homem estava sob efeito de bebida alcoólica, e tinha parado pelo menos duas vezes para ingerir álcool.
O corretor de imóveis está preso no 5º Batalhão da Polícia Militar desde sábado (16), quando assassinou o taxista Paulo Damião em frente a um supermercado no bairro do Bessa, em João Pessoa. Paulo Damião era casado e deixa dois filhos.
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