A falta de medicamentos nas farmácias já vem sendo sentida pelo consumidor há alguns meses, mas o problema agora ameaça chegar à unidades públicas de saúde. Caso, por exemplo, dos hospitais e Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs) espalhadas pelo país. Tanto o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) quanto o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) vêm alertando o Ministério da Saúde sobre o risco de desabastecimento no Brasil.
“É uma preocupação nacional. De fato, há um desabastecimento na produção desses medicamentos pediátricos, de insumos para a fabricação desses medicamentos, a exemplo da dipirona, que está havendo dificuldade de aquisição, tanto nas farmácias como também nos hospitais. A Secretaria tem acompanhado isso juntamente com toda a rede hospitalar”. O médico Jhony Bezerra, secretário executivo de Gestão da Rede de Unidades de Saúde na Paraíba.
Além de antibióticos, faltam itens indispensáveis ao Sistema Único de Saúde (SUS) e listados na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) 2022, como o antibiótico amoxicilina, e dipirona, aliada de primeira hora no combate a dores e febre. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também já admite risco de desabastecimento de medicamentos no mercado.
Mas, pelo menos por enquanto, a situação na Paraíba está sob controle, apesar da cautela da Secretaria Estadual de Saúde (SES). “Não há desabastecimento no momento. Há processos de compra de aquisição desses medicamentos e algumas unidades ainda estão em análise, ainda não receberam. Então, há essa preocupação de faltar algum desses itens, principalmente, voltada para o atendimento pediátrico, mas os estoques das unidades por enquanto, estão suficientes para o abastecimento e a assistência adequada”, assegurou o secretário Jhony Bezerra.