O Ministério Público Eleitoral emitiu parecer favorável à Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que pede a cassação da prefeita e do vice-prefeito de Carrapateira, Marineide Pereira e João Batista. O Partido Verde (PV) do município acusa a prefeita de abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio (“compra de votos”). A prefeita nega as acusações mediante sua defesa.
O PV de Carrapateira impetrou a ação na Justiça ainda durante a campanha eleitoral, após vazamento de um áudio em que a prefeita estaria supostamente determinando que servidores beneficiados com gratificações captassem votos para ela.
A defesa da prefeita requereu a realização de prova pericial no áudio, alegando que ele pode ter sido adulterado. No entanto, segundo o promotor eleitoral Sávio Pinto Damasceno, a perícia concluiu que “não foram identificados eventos indicativos de edição no arquivo de áudio/vídeo questionado” e “há indícios que o áudio é fruto de uma gravação espontânea da interlocutora para ser enviado pelo aplicativo WhatsApp já que o áudio analisado foi compactado com a biblioteca desse programa computacional”.
No parecer do Ministério Público Eleitoral, o promotor diz também que “além do áudio da candidata, começaram a circular vários áudios de servidores nos quais afirmam que referidas gratificações eram rateadas com terceiros”.
A defesa da prefeita insistiu na tese de suposta alteração do áudio e alegou que os depoimentos colhidos são frágeis. Porém, o promotor destaca no parecer que os depoimentos das testemunhas de defesa confirmaram a autoria do áudio como sendo da prefeita Marineide.