A presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, Maria de Fátima Bezerra, fez uma defesa da Justiça Eleitoral em discurso lido na noite desta segunda-feira (19), durante diplomação dos candidatos eleitos na Paraíba. A desembargadora, que é a primeira mulher a presidir a solenidade de diplomação dos eleitos no estado, disse que o Poder Judiciário atuou com imparcialidade nas eleições de 2022.
Em fala com teor poético e recheado de citações, Fátima Bezerra disse que o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) atuou longe “das paixões” das militâncias políticas e com transparência. “O equilíbrio com o qual trabalhamos durante todo o trabalho eleitoral nos honra. Nos mantivemos altivos, serenos, firmes e tranquilos, distantes das paixões naturais. A sociedade exige e esse é o dever cívico e republicano”, disse,
Por duas vezes, Fátima Bezerra quebrou o protocolo ao citar o marido, o ex-governador José Maranhão, falecido em fevereiro de 2021, vítima da Covid-19. A desembargadora destacou frases do político sobre política e democracia, convidando os eleitos a “esquecerem” as diferenças em nome do bem-estar social.
“Já não há vencedores, nem vencidos após as eleições. E abro um parêntese para citar uma passagem de José Targino Maranhão [ex-governador da Paraíba], que se expressou dessa forma. ‘Nunca aceitei o provérbio segundo o qual em política feio é não saber perder. Feio é não saber ganhar’”, disse.
Ainda no discurso, Bezerra defendeu o resultado das eleições ao dizer que quem venceu o pleito precisa ser diplomado, tomar posse e governar. Ela citou trecho de um discurso do presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes. “O Poder Judiciário brasileiro tem força, tem serenidade e altivez e manteve sua independência e imparcialidade, garantindo o respeito ao Estado de Direito, ao realizar eleições limpas, transparentes e seguras, concretizando mais uma etapa na construção da nossa democracia”, disse.
“O político deve seguir tão tomente o rumo que o povo traça, que o povo espera e que o povo sonha”, concluiu Bezerra ao citar novamente o ex-governador José Maranhão.
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