Após três abortos provocados por complicações de saúde, um casal que reside em Igaracy, na região do Vale do Piancó. Sertão da Paraíba, foi surpreendido por uma gravidez de trigêmeos. Obviamente que o medo esteve presente durante a gestação, que necessitava de cuidados especiais. Mas um tratamento preventivo prolongado e um bom pré-natal foram fundamentais para o final feliz dessa história.
Foram quase dois anos de cuidados delicados, medicações para regular os hormônios e uma atenção redobrada da mãe, do pai e das equipes de saúde. Para alívio de todos, essa história termina com sorrisos na sala de parto. Nasceram Davi, Lucca e Miguel, filhos do carpinteiro Roberto Gomes e da funcionária pública Cícera Alves.
“A gente fez três tentativas e ela teve três abortos seguidos. Depois ela fez tratamento de um ano e descobriu que estava grávida. Quando foi fazer ultrassom, viu que era trigêmeos. Fez pré-natal, tudo direitinho, e graças a Deus deu certo”, conta o pai.
No entanto, da internação até o parto, o casal viveu momentos de tensão. Na noite do dia 12, Cícera apresentou problemas arteriais e teve que ser levada para a maternidade do Hospital Regional de Patos (HRP). Ao chegar lá, não tinha vaga na UTI Neonatal para trigêmeos, por isso ela teve que ser transferida para o Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa. Como a mãe já tinha um histórico de abortos provocados por problemas hormonais, a preocupação com a saúde dos trigêmeos e com a dela era grande entre familiares e equipe médica.
“Ela fez uso de injeção a gestação inteira, os noves meses, para não coagular o sangue, alguma coisa do tipo. Mas era a falta de um hormônio que fazia perder os bebês”, explica o pai.
Contudo, Davi, Lucca e Miguel vieram ao mundo bem. Por precaução dos protocolos em casos como esse, eles permanecem na UTI Neonatal do HU, juntamente com a mãe, e ainda não há previsão de alta. Mas a fotografia do feliz casal ao lado dos filhos após o parto, mostra que a luta pela vida valeu a pena.
O casal e a nova vida
Carpinteiro de profissão, no momento Roberto não pode se comprometer com empregos que exijam dedicação exclusiva diária e durante todo o dia, pois é ele quem está acompanhando a esposa e os filhos no hospital.
“No momento, estou trabalhando de ajudante de pedreiro, pintura, qualquer coisa que aparecer, porque agora não dá para eu estar fichado numa empresa, porque eu estou tomando conta da gestação. É só no dia que dá certo mesmo arrumar um bico, alguma coisa”, explica Roberto.
Cícera, por sua vez, é formada em Pedagogia e concursada na Prefeitura de Igaracy como auxiliar de serviços. Ela já tinha um filho de outro relacionamento. Mas agora, de licença-maternidade, vai se dedicar a uma novidade tripla na vida de mãe.
Redação + Diário do sertão
