O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou na manhã desta sexta-feira (30) sobre a possibilidade da Paraíba receber um trecho da ferrovia Transnordestina.
De acordo com o presidente, o estado não consta no projeto original porém o mesmo pode ser acrescentado se tiver entendimento de que é importante tal ligação. Para Lula, o mesmo vale para o vizinho estado, do Rio Grande do Norte.
“Não tem a Paraíba (no projeto) porque a Paraíba e o Rio Grande do Norte não estavam no projeto original. Mas na medida que os governadores entendam que é importante para o estado, não custa nada você fazer ligação”, disse Luiz Inácio em entrevista ao programa Hora H, com os jornalistas Heron Cid e Wallison Bezerra, na Rede Mais de rádios.
Segundo Lula, o Governo Federal tem o desejo de ampliar o sistema de ferrovias, inclusive para baratear o chamado Custo Brasil.
“Porque o que nós queremos é que o Brasil tenha um sistema de ferrovias que seja uma espécie de uma ‘espinha de peixe’. Que você tenha as transversais e as verticais se cruzando para gente poder baratear o chamado Custo Brasil. Para gente garantir que os produtos vão chegar. Seja da indústria, seja da agricultura, vão chegar no lugar certo”, detalhou.
O Custo Brasil é uma denominação genérica dada a uma série de custos de produção, ou despesas incidentes sobre a produção, que tornam difícil ou desvantajoso para o exportador brasileiro colocar seus produtos no mercado internacional, ou então tornam inviável ao produtor nacional competir com os produtos importados.
“Não sei se está no PAC alguma coisa de ferrovia na Paraíba. Se não tiver, é importante que eu vou tá com o João agora a pouco em algum momento ele tente colocar isso”, falou.
Sobre a ferrovia Transnordestina
A ferrovia Transnordestina foi projetada pelo Governo Federal em 2002, cinco anos após o leilão da malha ferroviária de cargas do Nordeste. Ela deveria ter ficado pronta em 2016, porém dos mais de 1.200 km apenas 705 foram entregues.
Ela tem o objetivo de facilitar o transporte de cargas entre os portos de Suape e Pecém, em Pernambuco e no Ceará, ‘margeando’ a Paraíba e o Rio Grande do Norte.
A ferrovia também as regiões de Eliseu Martins (Piauí) e Porto Franco (MA).
