Com seu estilo único de narrar um crime nas telas, fruto de seu gigante carisma e habilidade com as palavras simples, Gil Gomes, que morreu nesta terça (16), aos 78 anos, deixa seu nome cravado na história da televisão e do jornal.
Em estado avançado do mal de Parkinson, ele passou mal em casa e foi levado ao Hospital São Paulo, na zona sul paulistana, onde não resistiu.O paulistano da Mooca sabia como poucos contar um fato, reforçando elementos trágicos e de suspense a cada reportagem que fazia.
O auge do rádio no Brasil foi sua maior escola. Afinal, foi ouvindo grandes comunicadores do veículo, alvos de imitação, que ele conseguiu superar um dolorido trauma de infância: a gagueira.
Logo, o treino deu certo e ele ganhou oportunidades de demonstrar publicamente sua voz, fazendo locuções de quermesses, onde logo se destacou.
Em 1991, teve a grande chance: foi convidado pelo SBT para integrar o noticiário “Aqui Agora”, com o qual Silvio Santos renovou e popularizou seu jornalismo.
Seu estilo dramático, com suas profundas pausas, conquistaram os telespectadores e suas reportagens tornaram-se sucesso de audiência, com sua assinatura inconfundível ao fim de cada matéria: “Gil Gomes, Aqui Agora”.
Sua última grande aparição na TV foi em 2014, quando, já doente, concedeu emocionante entrevista a Geraldo Luís, no “Domingo Show” da Record, na qual repassou os momentos mais marcantes de sua brilhante carreira.
UOL