A semana não foi boa para o ex-prefeito de Triunfo no Sertão da Paraíba, Damísio Mangueira.
Na manhã da quarta-feira (20), a Polícia Federal amanheceu batendo a porta do ex-prefeito, suspeito de participar de fraudes na aplicação de verbas federais descentralizadas em convênios celebrados com a Fundação Nacional da Saúde (Funasa).
A quarta fase da Operação Recidiva, cumpriu 15 mandados de busca e apreensão nas residências de investigados e sedes de empresas, bem como cinco mandados de prisão e um mandado de afastamento de função pública.
As medidas judiciais foram cumpridas em endereços em João Pessoa, Santa Rita, Campina Grande, Patos, Ibiara, Triunfo, Catingueira e Santo André, na Paraíba, além de Parnamirim, no Rio Grande do Norte. Todas as ordens foram expedidas pela 14ª Vara Federal em Patos.
O ex-prefeito de Triunfo, Damísio Mangueira passou por audiência de custódio, porém ficou preso no Batalhão de Patos em sala do Estado Maior, por ser advogado.
A investigação demonstrou que um dos empresários envolvidos, um engenheiro, mantinha contato com diversos servidores e empreiteiros paraibanos, com intuito de fraudar licitações em cidades onde tinha acesso facilitado. As licitações fraudadas ultrapassam o valor de R$ 5,5 milhões.
O delegado chefe da Polícia Federal (PF) em Patos, Dr. Beltrão, chefe das investigações na Operação Recidiva, comentou a prisão preventiva dos ex-prefeitos José Edvan Félix e Damísio Mangueira da Silva, de Catingueira e Triunfo, respectivamente, além do empresário Francisco Amilton de Sousa Júnior e do secretário municipal Samuel Zariff Marinho de Araújo, chefe de gabinete da Prefeitura de Santo André.
– Está mais que justificado o nome da operação, de “Recidiva”. Infelizmente, figuras que continuam delinquindo apesar da atuação forte do Estado. Daí se justifica a prisão preventiva destas pessoas, porque mesmo investigadas em outras situações não pararam de delinquir”, revelou o Delegado Federal.
Os investigados devem responder por dispensa ilegal de licitação, fraude licitatória, associação criminosa, peculato, corrupção passiva e ativa, além de lavagem de dinheiro. As penas desses crimes, se somadas, passam de 20 anos de reclusão.