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Governo da Paraíba faz nova proposta para Forças de Segurança. Leia

O Governo da Paraíba lançou nesta sexta-feira (28), uma nova proposta durante audiência de conciliação com as entidades representativas das Forças de Segurança da Paraíba. Porém, uma nova audiência ficou marcada para a próxima sexta-feira (6), com a expectativa de por fim ao impasse sobre reajuste salarial para policiais.

A audiência foi presidida pelo desembargador Leandro dos Santos, que informou que na próxima segunda-feira (03), haverá um encontro entre os representantes dos policiais para avaliar a proposta apresentada pelo Estado.

O secretário de Segurança da Paraíba, Jean Nunes, informou que o Governo ofereceu a incorporação de 30% da bolsa desempenho em 36 parcelas e mais 5% para julho deste ano.

O presidente do Clube dos Oficiais da Paraíba, coronel Francisco, afirmou que o Fórum deverá apresentar uma nova proposta para viabilizar reajuste.

“Apresentamos as divergências da repercussão financeira do Governo, que são aberrantes. Acredito que as partes entenderam o mais importante, que é que existe uma disposição de avançar com a mediação com o Tribunal de Justiça. Esperamos que na próxima semana nós vamos reapresentar uma proposta nossa do Fórum, onde contempla a incorporação da bolsa de desempenho e um percentual de aumento. Nós, porém, rejeitamos qualquer tipo de penduricalho, aumento extra não atende nossa categoria”, disse.

O secretário afirmou que a tentativa de conciliação é algo extraordinário, por trazer luz aos problemas colocados em mesa. “As partes apresentaram suas contrapropostas, e, para isso, foi designado mais um tempo, para que, até a próxima sexta-feira, possamos efetuar alguns estudos. A expectativa é que consigamos avançar no diálogo”, disse.

Já o delegado Sterferson Gomes Nogueira Vieira, da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia Civil da Paraíba (ADEPDEL), expôs que foi delineado, em média, pelo Estado, uma repercussão financeira em torno de R$ 454 milhões, e que a categoria trabalhará para apresentar uma proposta em torno do valor, em busca de um entendimento.

“Foi apresentada, hoje, uma repetição do que ocorreu na última sexta-feira, com alguns acréscimos em torno dos penduricalhos. Nossa preocupação é com o salário do policial que sai às ruas todos os dias, arriscando sua vida, podendo ser alvejado e vir a perder 50% de sua remuneração. A questão é salarial. A iniciativa do Judiciário está propiciando que as coisas sejam postas de forma mais clara. Pudemos explicar as divergências ocorridas e alguns caminhos”, declarou.

Também o coronel Francisco de Assis, representante dos Policias Militares, louvou a forma transparente como as partes estão buscando solucionar a questão, com explanação das divergências. “O mais importante de tudo é que existe uma disposição de avançar, e, com a mediação do Tribunal de Justiça, ficou bem melhor”, destacou. Afirmou, ainda, que, na próxima semana, reapresentará uma proposta do Fórum, que contempla, de forma clara, a incorporação da Bolsa Desempenho, além de um percentual de aumento, deixando claro que, de forma generalizada, o Fórum rejeita propostas em forma de ‘penduricalho’.

“Aumento no extra não atende a categoria. Para a sociedade entender, este é um serviço em que o policial tem que morrer de trabalhar, para poder complementar o salário, que é a hora-extra no valor de R$ 6,00. O policial, hoje, além do serviço normal, trabalha de 180 a 200 horas no mês. São pessoas que estão adoecendo. Logo, qualquer proposta que vier nessa direção será rejeitada, porque ela é maléfica para a sociedade; vai na contramão da melhoria da segurança pública. Acredito que isso ficou compreendido”, explicou o coronel.

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