Durante reunião remota na última segunda-feira (14), a Comissão de Desenvolvimento, Turismo e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa deliberou que a Casa se colocará contra a privatização da gestão das águas do projeto de Transposição do Rio São Francisco como está propondo o governo Jair Bolsonaro. Aproveitando a decisão da Comissão, o deputado Jeová Campos propôs que a deliberação seja comunicada a bancada federal paraibana e as demais autoridades ligadas à questão de recursos hídricos do país, além da presidência da Câmara, do Senado e ao presidente Jair Bolsonaro.
“As águas da Transposição chegam para resolver um problema secular do setor setentrional do Nordeste e não tem sentido, a esse altura, depois de investimentos vultosos iniciados no governo Lula e depois no governo Dilma, já próximo da conclusão das obras, com o canal Caiçara-Engenheiro Ávidos, que a gente entregue à iniciativa privada a gestão das águas”, reforçou o parlamentar paraibano. Para Jeová, a água não pode ser tratada como uma mercadoria.
“Não podemos entregar a gestão das águas ao setor privado da economia, isso tem que ser gerido por uma política de Estado. A água não pode ser encarada como mercadoria, ela é um bem essencial, e um agricultor familiar não poderá fazer o seu roçado se tiver que pagar um valor alto pelo produto. Essa água terá que ser subsidiada e onde uma empresa privada irá subsidiar?”, questionou Jeová.
“Vamos nos posicionar formalmente contra essa privatização, pois precisamos ter um olhar voltado para a melhoria da qualidade de vida dos nordestinos. Esse sempre foi o foco da Transposição e não pode ser desvirtuado”, finalizou Jeová.