Durante sessão desta quarta-feira (03), os deputados da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) derrubaram o veto do Governo do Estado a respeito de um Projeto de Lei que declara as feiras livres Patrimônio Histórico Cultural e Imaterial da Paraíba. O deputado Jeová Campos, que foi vendedor de alho na feira de Cajazeiras antes de se formar em Direito, passar no concurso para professor da UFCG e ser detentor de mandatos parlamentares, pronunciou-se a respeito defendendo o espaço das feiras como ‘expressão de vida’. Ele citou as feiras de Juazeiro e de Toritama como exemplos e afirmou que toda feira é um ‘santuário de prática de vida, de expressão e integração do campo com a cidade’.
“Eu sou filho da Feira. Aos oito anos de idade, percorria as ruas de Cajazeiras vendendo alho para me manter na cidade. As condições de vida na época eram outras, e eu sei da importância da Feira para a herança cultural entre o homem da roça e o homem da cidade, o homem da agricultura e o homem da área urbana. Nelas, há um processo de integração humana e de união de experiências, ela é expressão de vida das pessoas”, disse o parlamentar.
“As feiras são para mim verdadeiros santuários, não para a prática religiosa – e, às vezes, o são – mas para a prática da vida, pela cultura da terra que também é representada na cidade. A batata doce e a mandioca são expressões de vida. A confecção de Toritama, Juazeiro, também. A feira é um espaço ativo de cultura, interação, de atividades diversas”, concluiu o deputado, que foi um dos votou pela derrubada do veto do Executivo. A proposta de tornar as feiras patrimônio é do deputado Tovar Correia Lima (PSDB). O PL também cria o Dia do Feirante, a ser celebrado no dia 25 de agosto.