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Autor do PL que possibilitou a implantação do Teste Ampliado do Pezinho lembra importância da iniciativa para as crianças paraibanas. Leia

Nos primeiros dias de vida de um bebê, a coleta de sangue para fazer o teste do pezinho possibilita que se faça o diagnóstico precoce de algumas doenças e que os pais fiquem cientes de problemas que possam se manifestar futuramente. E a Paraíba pode se orgulhar de ter sido um dos Estados pioneiros no Nordeste na implantação do Teste do Pezinho Ampliado na rede pública de saúde. Essa ação deveu-se graças à iniciativa do deputado estadual Jeová Campos, autor do Projeto de Lei de n. 1.721/2018, que virou a Lei Nº 11566. “A Lei existe e eu fico muito feliz em ter dado essa contribuição para que os filhos de pais que não têm condição de pagar os testes ampliados possam ter esse direito e já avançamos com ela, mas ainda precisamos atingir todos os municípios do Estado e todo o espectro de testes que podem ser feitos”, afirmou o parlamentar.

Jeová destaca o alcance social desta medida. “O filho do rico já tinha a sua disposição o teste ampliado porque pode pagar por ele, mas o filho do pobre tinha que se contentar em ter uma testagem restrita, de apenas poucas doenças. Agora, essa ação feita através do SUS, permite que os mais humildes também sejam contemplados e possam identificar de forma precoce problemas que podem ser tratados a tempo”, reforça o parlamentar, lembrando que, atualmente, a Paraíba faz a triagem de 10 doenças, mas que tem condições técnicas de ampliar esses testes para identificar até 30 patologias.

O material coletado para o teste do pezinho é enviado para o Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba – Lacen-PB que, atualmente, faz a triagem neonatal das seguintes doenças: fenilcetonuria (danos cerebrais, deficiência intelectual ou convulsões); hipotireoidismo congênito (desenvolvimento ósseo comprometido, dificuldade respiratória); hiperplasia adrenal congênita (vômito, diarreia, hipoglicemia, choque e risco de morte); deficiência de biotinidase (atraso de crescimento, convulsões, problemas respiratórios e de pele, perdas de audição e visão, infecções repetidas); fibrose cística (tosse que não passa, pneumonia, diarreia e dificuldade para ganhar peso e estatura); hemoglobinopatias (dor de cabeça, tontura, náusea, respiração irregular, manchas na pele, fadiga, palidez anormal; dores ósseas, icterícia); deficiência de G6PD (amarelecimento da pele e da parte branca dos olhos, urina escura e, às vezes, dor lombar ou abdominal); galactosemia (diarreia, perda de apetite, icterícia, náusea e vômito, irritabilidade, pouco ou nenhum ganho de peso); toxoplasmose congênita (cabeça pequena, inflamação do cérebro, icterícia, fígado e baço aumentados, inflamação do coração, pulmões ou olhos, erupção cutânea); leucinose (dificuldade de sucção, vômito, desidratação, perda de peso, crises convulsivas e sinais de edema cerebral).

O teste do pezinho, que deve ser feito entre o 3º e 5º dia de vida do recém-nascido, é realizado nos postos de coleta dos municípios. Atualmente, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, são 227 postos de coleta na Paraíba, distribuídos em 178 municípios. Em 30 dias, sai o resultado do teste do pezinho. A maioria dá normal e os que dão positivo as famílias são convocadas para uma segunda coleta, no Complexo Pediátrico Arlinda Marques. Cada doença tem um fluxo próprio, orientado pelo Ministério da Saúde. Muitos testes que dão alterados na primeira coleta, quando é feita a segunda, dão normais. Se o segundo teste der alterado, é iniciado o tratamento e feito o acompanhamento no Arlinda.

O médico e coordenador do serviço de referência de triagem neonatal da Paraíba, Tiago Oliveira, explica que a criança nasce bem, sem sintomas e somente no teste bioquímico no sangue é que vai conseguir diagnosticar a doença. “É bom destacar que todas as doenças detectadas no teste do pezinho têm tratamento. Daí a importância do diagnóstico precoce que vai possibilitar descobrir e tratar”, destaca o médico.

Com informações da Secom-PB

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